quinta-feira, 5 de maio de 2011

O monstro que come histórias

Era uma vez um monstro chamado Alfredo Come Histórias. Um dia esse monstro encomendou cem livros de aventuras pois esses eram os que tinham melhor sabor e digeriam-se melhor. Mas ele mão comia os livros mas sim a sua história. O monstro impaciente com a chegada dos livros gritou furiosamente:
- Estes monstros são uma cambada de lentos!
E repetiu essa frase vezes sem conta até que eles chegaram.
- Estava a ver que vocês não vinham. – resmungou bastante furioso.
- Tenha calma senhor Alfredo. Você é o nosso melhor cliente por isso nós vamos oferecer-lhe os seus cem livros e mais um cartão que abre o nosso armazém e faz-lhe um belo desconto.
- Ora aqui esta uma notícia que me veio alegrar o dia.
O senhor, quer dizer monstro arrumou os livros nas suas estantes e começou a comer ou mais concretamente o ler. Ao fim de degustar cinquenta livros ficou bem cheio. Pensou no cartão e no mistério que aquele armazém escondia. Ligou a um taxista que era seu conhecido para ir até casa dele e leva-lo à biblioteca municipal. E em menos de cinco minutos lá estava ele. Perguntou ao monstro que era secretário a onde é que o armazém e ele respondeu:
- O armazém fica no quarto corredor à direita.
- Obrigado!
Passou pelo corredor número um, dois e três até que finalmente chegou ao corredor quatro. Passou o cartão numa máquina e a porta do armazém abriu-se. “Uau” foi a única coisa que o senhor mostro conseguiu dizer. Viu livros de todas as espécies. E requisitou todos os livros que lá existiam um de cada vez. Houve um livro que o chamou a atenção. Era um livro chamado “A grande aventura do pirata Pete”. Quando foi para casa começou a ler mas mal leu a primeira palavra foi parar a um navio pirata.
- Onde é que eu estou? E como é que vim aqui parar? – perguntou o monstro.
- Aaaarrrrrreee! Saíste-me cá um marujo.
- Um marujo?
- Sim um marujo. Um marujo do capitão Pete.
- Já sei! Devo estar a ter um sonho em que entrei naquela história que estava a ler mas não me lembro de ter ido dormir. – sussurrou o monstro.
- E já agora para onde vamos.
- Vou-te dizer duas coisas. A primeira é vamos para a ilha onde se encontra o tesouro do rei Artur e a segunda é que acho que cais-te, bateste com a cabeça em qualquer lado e perdeste a memória.
- O quê? Não, não perdi a memória. – disse o monstro.
- Tens a certeza marujo? – disse o capitão Pete.
- Sim! Claro que sim.
O monstro ficou bastante desconfiado mas logo sentiu o espírito da aventura.
- Em frente marujos. Avistei algo a poucas milhas daqui.
O monstro foi à beira dele e disse:
- O que se passa capitão?
- Marujo acho que encontramos o tesouro do rei Artur.
O monstro reparou que aquele capitão estava bastante feliz era o capitão mais orgulhoso e engraçado que conhecia. Também era o único que conhecia.
- Capitão reparei que está bastante feliz.
- Sabes marujo é raro uma carcaça velha como eu sentir a adrenalina das aventuras do mar.
- Você é o monstro mais simpático que eu conheço.
E o monstro orgulhoso respondeu:
- Obrigado.
- Não tens fome marujo?
- Já que fala nisso até tenho.
- E que tal uns cocos e umas bananas.
- Há, há, há!… Capitão eu só como histórias.
- És tão engraçado marujo. Já agora qual é o teu nome?
- É Alfredo e é verdade o que eu disse.
- E então como é que é que tu comes as histórias?
- Eu não como bem as histórias eu leio-as e assim alimento-me.
- Olha marujo eu tenho vários livros no meu barco mas já estamos longe do barco.
- Não há problema capitão eu aguento.
- Segundo o mapa o tesouro está enterrado neste preciso local agora só precisámos de encontrar a cruz que marca o lugar onde se encontra o tesouro.
- Capitão permita-me enformar-lhe que está em cima dele.
- Obrigado marujo. – disse o pirata com grande entusiasmo.
Desenterraram o tesouro e abriram o baú e encontraram muitos diamantes e jóias e no fundo um livro com o título de “ A grande aventura do pirata Pete”. E logo de seguida o monstro Alfredo voltou para casa.

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